Pr. Manoel Alves N. Neto |
Para nós, adventistas do sétimo dia, assim como a maioria dos cristãos, “Páscoa” representa libertação. De forma especial, libertação da escravidão do pecado e libertação da destruição ocasionada pelo pecado. A Páscoa aponta diretamente para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo” (Jo 1:29).
Esta compreensão está solidamente fundamentada na Bíblia, de maneira específica em Êxodo capítulo 12, onde orientados por Deus, através de Moisés, o povo hebreu que estava escravizado pelos egípcios havia 400 anos, para realizar a páscoa. A celebração consistiu no sacrifício de um “cordeiro ou cabrito sem defeito”, que seria sacrificado por toda comunidade de Israel no pôr do sol do dia 14 nisã (mês do calendário Hebreu), que marcaria a saída do povo de Deus do Egito, depois o sangue deveria ser posto nas ombreiras e na verga das portas das casas (v. 7), onde o animal seria comido. O sangue seria um sinal que identificaria os israelitas que obedeceram a ordem de Deus e os protegeria da última praga que sobreviria ao povo egípcio, a morte dos primogênitos (v. 12). Quando o anjo destruidor olhasse o sangue passaria adiante e a praga não atingiria aquela casa (v.13). Daí deriva o termo páscoa, que significa passagem, do hebraico pasha, transliterada para o grego pascha (Comentário Bíblico
Adventista do Sétimo Dia, Vol. 1, p. 588). Aquele momento foi acompanhado de uma bela refeição entre os familiares e também com outras famílias. A páscoa como a maioria dos ritos hebreus teve seu cumprimento na pessoa de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus (1Co 5:7; Mt 27:45-50). Porém, o princípio continua, e aproveitamos a ocasião para confraternizarmos com familiares, amigos e vizinhos, não mais para sacrificarmos o cordeiro, mas para compartilhar as boas novas de salvação oferecida pelo sangue do Cordeiro de Deus que foi crucificado, ressuscitou e está prestes a vir.
Feliz Páscoa a todos.