O cuidar das nossas crianças

A tarefa pode parecer simples, mas não é. No plano em que estamos, criança não só simboliza a alegria angelical do presente, mas também a incerteza do futuro. Tanto as crianças quanto os adolescentes gozam de especial proteção das leis brasileiras, tendo o Estado, pais, familiares e professores um papel definido na preparação destes.

Na marcha evolutiva do ser humano, as crianças estão na linha inicial de uma corrida chamada de vida. Progressivamente, num processo aberto e dinâmico de formação, chegarão à maturidade na fase adulta, antes passando pelos momentos aprazíveis, mas não menos complicado, da puberdade.

Até lá, o percurso é longo e com obstáculos variados, pertencendo a cada qual fazer a sua própria história. É na infância que são incutidos os conceitos do bem, potencializados os valores, fomentados o respeito ao próximo e absorvidos os regramentos de uma sociedade civilizada. Por sua complexidade, o processo de aprendizagem é constante, dependendo muito da participação efetiva daqueles que estão mais próximos: pais, família e escola.

Isso faz uma profunda diferença na lapidação do ser, com reflexos no bem-estar geral, por inibir comportamentos desvirtuados. As crianças têm o direito de viver sua infância, com brincadeiras, fazendo travessuras, tendo sonhos, e reproduzindo sua inocência; os jovens têm que curtir sua fase. Todavia, primordial, conhecerem os limites e saber de suas responsabilidades.

As ruas estão cheias de perigos e armadilhas, se não estiverem preparados para o desafio poderão tropeçar feio, cujos impactos a segurança pública poderá sentir. À medida que as crianças crescem e saem debaixo das asas dos pais, os controles se tornam mais vulneráveis. Coisas ruins batem à porta, motivo pelo qual, essencial, possuir um escudo que bloqueie e prevaleça a energia positiva. Daí, a necessidade dos dignos ensinamentos.

Ninguém nasce bandido, todos têm às suas reais opções, independentemente de classe social. A estrada da vida, por diversas vezes, chega em uma bifurcação, onde a regra do jogo se apresenta com clareza: "aquele que tomar o caminho da marginalidade arcará com as consequências que, mais à frente, trarão dores e lágrimas".

Enfim, a missão de educar é dura e exige acompanhamento constante, mas é gratificante de ser cumprida. Não desistam de suas crianças, cuidem delas. Conversem bastante e aproveitem o dia 12 de outubro para comemorar.


Por: Victor Poubel