Alienação Política: o cidadão dando um tiro no próprio pé!

O Combate à Alienação Política 
O Brasil precisa mudar, principalmente, em relação ao modo como as pessoas veem e se relacionam com a Política. Analisamos  as razões da alienação política dos brasileiros, levantando questões que passam pelo descrédito, pela desconfiança e pela desesperança da população em relação à forma como a coisa pública tem sido tratada neste país, o que tem gerado no cidadão honesto, a visão de que “os políticos são todos corruptos e eu quero é manter distância deles”. Entendo que a população está cansada de escândalos financeiros, mensalões, corrupções e falcatruas de toda espécie cometidas exatamente por seus governantes. A verdade é que a população está farta de assistir aos descaminhos dos recursos públicos, advindos dos extorsivos impostos cobrados pelo Estado, e que deveriam ser empregados, com toda diligência e estratégia, em políticas públicas inclusivas, tais como a educação, a saúde e a segurança pública. 

Mas eu pergunto: O cidadão, ao afastar-se do processo político e ao abdicar-se do controle social dos agentes públicos, vai fazer com que as coisas melhorem para si e para todos? 

A atitude de conformismo, passividade e alienação do cidadão alimenta a proliferação de maus políticos. O cidadão deve ser participativo, atuante e presente na vida de sua comunidade, pois ele é peça fundamental no processo de controle social efetivo e no monitoramento da gestão da coisa pública. Advogo que as pessoas de bem, aquelas que são corretas, que são íntegras e honestas e que respeitam o direito de seus semelhantes, jamais deveriam se afastar do processo político, pois essa atitude tem fomentado a participação política de espertalhões que querem apenas viver DA política e se servirem dela, em seu próprio benefício e de seus correligionários, e não buscam viver PARA a política, portando uma vocação autêntica, o que redundaria em benefícios a todos, indistintamente. Lembro ainda que, a Ética na Política é um caminho seguro na busca do bem comum! 


A Participação na Vida Política 
O cidadão precisa estar atento a seus direitos, mas também tem o dever de ter uma presença mais efetiva na vida política do país e de exercer a sua cidadania; precisa se informar em canais corretos, antes de votar em determinado candidato, informando-se previamente, se ele realmente tem ficha limpa; precisa ser atuante na divulgação de ideias que visem o bem coletivo, por meio das redes sociais; precisa participar de encontros comunitários e de associações de bairro e na escolha dos conselheiros tutelares. Enfim, deve escolher com consciência os seus líderes locais, estaduais e nacionais; deve sempre trocar ideias com seus amigos, parentes e colegas de trabalho, ou seja, deve disseminar em seus contatos pessoais, as ilimitadas e reais possibilidades da via política para a solução de questões e problemas que interessam de fato a todos, simplesmente fazendo opção por boas escolhas. 

Nessa linha de pensamento, o cidadão precisa estar atento de que o alienado político é aquele que não quer ou se recusa a participar da vida política e a exercer de fato a sua cidadania; tem total desinteresse por todas as questões políticas; pouco se interessa em acompanhar ou investigar os atos de seus governantes e ainda confia cegamente o seu destino a alguns líderes políticos, creem em “salvadores da pátria” e em caudilhos, pois afinal, em sua visão “são eles que entendem de política, e portanto, farão o melhor para o bem de todos”. Será mesmo? 

Enfim, o alienado político não questiona e nem avalia o desempenho dos gestores públicos e entende o exercício do voto eleitoral, a cada dois anos, mais como um peso e não como um direito legítimo ou mesmo como um passaporte para mudanças e assim, não reconhece e nem valoriza a força de que realmente dispõe. Em resumo, o descrédito da população brasileira em relação aos erros cometidos no passado pelos políticos e seus respectivos partidos, cada vez mais, alimenta e aprofunda o processo de alienação política do indivíduo, ou seja, faz com que o cidadão dê um tiro no próprio pé! 

A Mudança da Atitude Pessoal 
Estimulo a todos, principalmente aos jovens e adolescentes e às pessoas de bem, a não se afastarem do processo político. Pois, a Política exercida como vocação e com honradez, irá possibilitar e estimular a participação popular, de forma livre e soberana. 

Seja um cidadão consciente e participativo. A cidadania não se expressa somente através do voto. O controle social da população sobre os agentes públicos deve ser um caminho a ser perseguido por todos. Apoie os movimentos de participação popular e também os projetos de iniciativa popular. 

 A Consciência Política do Cidadão 
A participação popular nos processos decisórios e a vigilância permanente de seus mandatários, bem como a existência de um sistema eleitoral e judiciário independentes e eficazes, são essenciais no processo de enfrentamento ou mesmo da mitigação da alienação política e no amadurecimento da democracia participativa. Enfim, tenho a firme convicção na validade e nos desdobramentos benéficos da efetiva participação do cidadão nos destinos da nação brasileira. 

Por isso, conclamo e estimulo a todos a se alistarem nesse exército, por mais desanimado e cansado que você esteja em relação a tudo que tenha vivenciado até aqui, em termos políticos. Continuo a acreditar na eficácia das atitudes individuais e na força da ação coletiva. Não deixe de fazer parte desse processo irreversível de mudanças que resultará, com certeza, em benefícios para todos os brasileiros. Fique ligado! Participe! Semeie essas ideias! 

Texto extraído do Farol Político