Até agora, foram apresentadas provas concretas dos desvios de
dinheiro público em sete municípios. Gláucio Alencar e o pai dele, José
Miranda, prestaram depoimento.
Está constatado que houve desvio de recursos federais em 32
Prefeituras Maranhenses, comandados pela quadrilha de agiotas no Estado.
Os dados são da Superintendência da Polícia Federal no Maranhão.
A Operação Cheque em Branco, que investiga a atuação de agiotas no
Estado, mostram que o grupo de agiotas chefiado por Gláucio Alencar e
seu pai, José Alencar Miranda, liderava o desvio de verba que iria,
principalmente, para a merenda escolar.
Ainda, segundo dados da PF, em 90% das prefeituras do Estado existem
indícios de desvio de recursos públicos.
Até agora, foram apresentadas
provas dos desvios de dinheiro de sete dos 32 municípios investigados:
Arari, Serrano do Maranhão, Pedro do Rosário, Paulo Ramos, Cajapió,
Vitória do Mearim e Turilândia.
Existem, atualmente, na Polícia Federal,
pelo menos, 700 inquéritos de investigação de desvio de dinheiro
público.
Depoimento
Na manhã desta sexta, os empresários Gláucio Alencar e José de
Alencar Miranda prestaram depoimento na sede da Polícia Federal, no
bairro da Cohama, em São Luís.
Assassinato
Gláucio Alencar e José Alencar Miranda estão presos, em São Luís,
suspeitos de serem lideres de uma quadrilha de agiotas que também
estaria envolvida na morte do jornalista Décio Sá, em abril do ano
passado. O jornalista foi executado a tiros em um bar, na Avenida
Litorânea, após denunciar a morte do empresário Fábio Brasil, em
Teresina. Fábio Brasil estaria devendo a quadrilha de agiotas e foi
executado em via pública na capital do Piauí.
Usura II
A Operação Usura II foi deflagrada no último dia 25, pelo
Departamento de Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da
União – CGU, para apurar o desvio de recursos públicos federais nos
municípios maranhenses de Bacabal e Zé Doca. Foram cumpridos 19 mandados
de condução coercitiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos
pelo Juízo da 1ª Vara da Justiça Federal de São Luís, para serem
executados nos municípios maranhenses de São Luís, Bacabal, Pedreiras,
Zé Doca e Caixas.
A Operação é um desdobramento da Operação Usura, deflagrada em
maio/2011, que evidenciou desvios de recursos públicos federais do
município de São João do Paraíso/MA, para o pagamento de ações de
agiotagem.
Trata-se de uma fase da investigação onde se tenta obter declarações
de pessoas envolvidas na investigação e a busca de documentos
pertinentes às provas já obtidas.
A operação contou com a participação de 70 policiais e 11 servidores da CGU.
Do Imirante