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O governo do estado, por meio da
Secretaria de Educação, orientou todos os diretores da rede a
controlarem o processo de escolha de representantes estudantis. O
próprio secretário de educação, Pedro Fernandes, confessou em entrevista
a rádio Mirante o objetivo do governo.
Em
documento enviado ao Ministério Público para esclarecer o fato, a
direção do Liceu Maranhense reconhece a ação de tentativa de
aparelhamento do movimento estudantil. No documento, o diretor do Liceu,
Deurivan Sampaio, esclarece que por orientação da Secretaria de
Educação, o processo eletivo do Grêmio Estudantil da escola será
controlado pela Secretária Adjunta de Projetos Especiais, Conceição
Andrade.
Os estudantes do Liceu denunciam que
foram impedidos de organizar o processo eletivo para escolha de seus
representantes por vontade própria, sofrendo constrangimentos da
direção.
O
clima de insatisfação com a falência do ensino na rede estadual de
educação tem levado os estudantes do interior do estado a fazerem
manifestações de desaprovação ao governo Roseana Sarney. No Município
de Governador Edison Lobão, um estudante pegou o microfone no qual a
própria governadora discursava para denunciar a completa falta de
estrutura das escolas.
Em Presidente Dutra, os estudantes
cercaram o carro da governadora e com palavras de ordem quase impediram
que ela saísse do veículo. Em Barra do Corda estudantes chegaram a ser
presos por protestarem contra a falência do sistema de ensino.
A ação do governo para intervir nas
eleições dos grêmios escolares tem o claro objetivo de aparelhar o
movimento estudantil, num atentado ao artigo oitavo da Constituição
Federal, que garante a livre associação.
Fonte:maranhaodagente