Convite para o XII Encontro Humanístico na UFMA


Está acontecendo na Universidade Federal do Maranhão
O  XII Encontro Humanístico com o tema:
Patrimônio, memória e contemporaneidade.
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
3 a 7 de dezembro de 2012. 


Na ocasião, eu, Fábio Coimbra, de Turilândia, acadêmico de filosofia da UFMA, irei participar de uma mesa redonda no dia 6 de Dezembro (quinta-feira), cujo tema é: MEMÓRIA e IDENTIDADE: resistência ao projeto da modernidade? Por essa razão convido a comunidade acadêmica de Turilândia, Santa Helena para participar conosco deste grande evento que reúne pesquisadores de todas as áreas das ciências humana do maranhão e do Brasil. Todos serão bem vindos. 


 A nossa mesa terá os seguintes expositores: 

 PROF. MS. MARCELO DE SOUSA do Departamento de História da UFMA tema: As facetas da modernidade: uma breve critica a sociedade do descartável 

 FÁBIO COIMBRA (graduando em Filosofia/UFMA) tema: Revolução industrial versus tradições culturais: a crise da memória como crise da cultura na origem da modernidade 

 JOÃO MARGARIDA EVANGELISTA SANTOS FILHO (Graduando em História/UFMA) tema: Memória e modernidade: uma visada da experiência e narração em Walter Benjamin

 Resumo da mesa 

A presente mesa pretende fazer reflexões sobre as angustias da contemporaneidade a partir de autores que discutiram os problemas da chamada modernidade (MARX, BERMAN. BENJAMIN, BAUDELAIRE, BAUMAN, CASTELLS, WEBER, HARVEY, HABERMAS, HALL, SAID). 

Evidentemente, os trabalhos destes teóricos não podem ser sacralizados e também não se pode perder o debate em que os mesmos foram inseridos. Entretanto, reconhece-se que suas categorias analíticas possibilitam apontamentos para se discutir as características de um mundo marcado pela efemeridade e cada vez mais desprovido de relações de solidariedade. Diante disto, objetiva-se, por exemplo, analisar a como memória – apesar de alguns autores considerarem seu momento de crise – pode ser um importante signo de (re) construção de identidades e, por conseguinte, elemento que contribui como forma de resistência a esta liquidez e impessoalidade dos dias contemporâneos. Destarte, na presente mesa trabalharemos com as seguintes categorias analíticas: modernidade, memória, narração, identidade. Na intenção de no mínimo instigar questionamentos que visem à fuga ou resistência a estemodelo de sociedade pautada no descartável.

 Revolução industrial versus tradições culturais: a crise da memória como crise da cultura na origem da modernidade 

 Fábio Coimbra 

 Resumo

 Pretendo nesta reflexão abordar a problemática referente ao enfraquecimento das tradições culturais – que aqui irei traduzir por crise da memória – a partir daquilo que a história veio a registrar sob o signo de revolução industrial. Para tanto, partirei do principio de que com o desenvolvimento e aperfeiçoamento da indústria desencadeou-se no campo um processo de devir que teve como consequência inevitável o deslocamento populacional em massa das populações dos campos para as cidades (o que deu origem à chamada sociedade de massa). Nessa perspectiva, a presente pesquisa objetiva, primordialmente, mostrar como, em consequência desse processo, se estruturou o embrião de um estado de coisa que levou a uma crise da cultura dada a relativização e, sobretudo, a dissolução dos valores culturais construídos historicamente e que representavam para os povos das tradições os pressupostos fundamentais de sua existência. No decorrer da pesquisa levantarei a hipótese de que na modernidade, bem como na atual contemporaneidade, a memória atravessa uma crise que é fruto de um processo de luta entre o novo, que tenta se impor, e o velho, que tenta resistir. Ao final vou propor – como resultado da pesquisa – que esse enfraquecimento da memória é nada mais nada menos que uma resultante direta do desdobramento de um processo de vida tecida no contexto de uma época científico-tecnológica onde “tudo o que é sólido desmancha no ar”. 


Palavras-chave: Revolução industrial – Memória – Cultura – Crise – Valores