Fábio Coimbra,
aspirante a filósofo, é acadêmico de Filosofia da Universidade Federal do
Maranhão com pesquisa concentrada na linha de Ética e Filosofia Política.
E-mail: antaresf84@yahoo.com.br
Site:
philosofiaeciencia.blogspot.com
Com ênfase no que a Filosofia e a Ciência Política
teorizam em se tratando das questões políticas no âmbito da práxis, permito-me
aqui – do ponto de vista do conhecimento crítico, sistemático e metódico –
tecer algumas considerações sobre os últimos acontecimentos políticos da
atualidade. Em princípio falarei do período “pré-eleição” (se é que a ciência
da linguagem me autoriza a usar este termo em destaque). Em seguida, vou
elencar algumas ações cujo desenvolvimento me parece necessário para impactar o
quadro atual deixado pela atual gestão (que aqui não vou perder tempo tecendo
comentários, não vale apena). Ao final, vou convidar os turilandenses – caso
queiram dias melhores – para ajudar a nova gestão a fazer uma boa
administração. Não quero que os leitores entendam com isso uma espécie de apologia
à situação vigente, mas apenas um alerta para as tristezas ou felicidade;
benção ou maldição; prosperidade ou desgraça que da perspectiva futura pode
advir. Começo louvando as trocas de farpas que houve entre os visitantes deste
jornal no período que antecedeu a eleição. A história nos ensina que as
divergências entre os cidadãos são uma das causas de progresso. Muito se
especulou; muito se disse sobre este ou aquele; boatos rolaram. Agora o novo
governo está constituído para os próximos quatros anos (quatro anos não são
quatro dias). Temos uma Câmara 99% renovada (me parece); um prefeito novo e um
povo que quer ver. Ver o que? Mais educação, saúde (um HOSPITAL), esporte,
lazer, ruas claras á noite, policiamento (segurança), pavimentação, cidade
limpa, SALÁRIO EM DIA, emprego etc. Entre o povo, uns dizem que foi a melhor
escolha, outros dizem que foi a pior. Eu objetaria dizendo que só saberemos da
verdade dessas hipóteses (boa ou péssima escolha) somente ao final dos quatro
anos seguintes, quando, os agora eleitos, serão julgados novamente.
Chama atenção um fato: a renovação da câmara
(que é um fato louvável) mostra que o povo parece estar pensando um pouco mais,
ou ao menos se informando via disseminação de boatos e fatos (para salvar o
conhecimento, que é rigoroso). Politicamente, cuidar bem de um povo significa,
acima de tudo, promover a efetivação dos seus direitos (aqueles mesmos que
estão dispostos nos artigos iniciais da nossa Constituição). É fundamental que
os vereadores conheçam as reais necessidades do povo, pois, isso é chave para a
execução de ações necessárias e plausíveis via elaboração de projeto. É tarefa
dos vereadores pensar, por exemplo, o que fazer para melhorar aquele bairro que
fica atrás do estadio de futebol; que projetos poderiam ser desenvolvidos lá
para mudar a fisionomia de uma juventude que caminha para o nada, para o
esvaziamento? Que estratégias poderiam ser usadas: arte, cultura ...? enfim. É
preciso começar por analisa a situação das realidades mais carentes de diversas
coisas e a partir dai agir no sentido de minimizar os problemas detectados.
É chave para o sucesso na vida política ter o
povo por amigo. Para isso é preciso ser sincero e não ficar enganado pensando
que o povo é besta. Porque besta é quem pensa que o outro é, e disso a eleição
nos foi prova. É preciso também ver as realidades mais longínquas (os povoados
distantes). Não se faz política enquanto distante dos sujeitos do “processo”
político e social. A política é mercada pela noção de proximidade e não de distanciamento.
O fator empírico é a característica primordial da política.
A chave para uma boa gestão é a harmonia e o
equilíbrio entre as partes (o legislativo com o executivo e estes com o povo).
Para construir uma cidade melhor é preciso manter em foco o interesse do povo.
É claro que as outras coisas que precisam ser vistas, mas o centro é preciso
reter. Um governo sem base rapidamente se dilui. Assim como na construção de um
edifício são os pilares que sustentam a construção, assim também é na política.
Quando a base é fraca, ou falsa, ela facilmente arruína a construção. Entre o
executivo e o povo, os vereadores são uma espécie de base.
Em suma, é preciso que os cidadãos tomem
partido nessa causa e ajudem o seu governo a construir uma cidade de progresso.
Não há mais nada. É preciso contribuir. Uma cidade que se apoia sobre os ombros
de um só não poderá prosperar é preciso que todos contribuam de alguma forma,
seja louvando, criticando, expulsando, trabalhando ou estudando. É preciso ter
espírito crítico e revolucionário para aplaudir quando for preciso e censurar
quando for o caso, ainda que isso nos custe a liberdade; não devemos ter medo,
devemos ser ousados para avançar sempre um pouco mais.
Aproveito para parabenizar o jornal AÇÃO
TURILÂNDIA. Vocês estão de parabéns pelo belíssimo trabalho que fizeram ao
longo deste ano político. Continuem assim, as informações difundidas aqui foram
relevantes para as discussões que se seguiram. Fico muito grato a vocês pela
publicação dos meus escritos. Não tinha, eu, outro objetivo a não ser o de
contribuir. Gostaria de continuar, mas, em razão de um objetivo que persigo não
me será mais permitido escrever para publicação até o mês de janeiro, pois
estou diante de um grande desafio. Aos interlocutores dos meus escritos, quero
dizer que foi bom ter debatido com você.
Desejo bons trabalhos à nova gestão (prefeito
e vereadores); que façam o que ainda não foi feito e que se deixou de fazer em
razão da vontade de poder que assolapa a existência humana e que só terminará
com a morte. Os homens são sedentos de poder, riqueza e gloria, o que para
obter eles fazem o que fazem.
Termino com um alerta ao prefeito e
vereadores: não esqueçam que a memória se lembra de esquecer, MAS, lembrem-se
de que ela também se lembra de lembrar.