Alguns desafios do novo governo de turilândia

FÁBIO COIMBRA é cidadão turilandense; nascido no povoado centrinho; graduando em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão [UFMA]; iniciou sua formação filosófica pelo Studium Filosoficum de Curitiba e deu continuidade pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Dedica-se exclusivamente a estudos na área de Filosofia Política, com ênfase na teoria contratualista onde analisa a origem do Estado e os princípios do direito político a partir da passagem do Estado de Natureza para o Estado de Sociedade, com ênfase em Thomas Hobbes; é bolsista da CAPES com atuação no PIBID [Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência]; é membro do grupo de estudos em Ética e Filosofia Política da UFMA; É membro do NEPS [Núcleo de Estudos e Pesquisa do Sindicalismo] que se concentra nos estudos sobre Karl Marx; é membro do grupo de estudos em Filosofia Francesa. Atualmente é professor voluntário do cursinho pré-vestibular da UFMA (PROJEDIS). Até o momento, publicou 13 resumos e 4 artigos completos em anais de eventos e apresentou 14 artigos em eventos científicos no Brasil. Atua principalmente nos seguintes temas: Thomas Hobbes, Estado, política, poder, estado de natureza, liberdade, lei e direito natural e civil. Tem interesse especial por filosofia britânica e filosofia francesa. 


 Alguns desafios do novo governo de turilândia

Apontar alguns desafios de uma nova gestão municipal traz sempre implícito os riscos de – ao fazermos – apontarmos os escapes, falhas, da atua que, muitas vezes, explicitam-se por si mesmas. Entretanto, quero ressaltar que não constitui objetivo desta reflexão indicar os erros da gestão atual. Acreditamos e defendemos a ideia de que isso é uma tarefa particular de cada eleitor para, assim, antes de eleger os seus candidatos, eleger primeiro o seu voto e exercer o seu papel de cidadão mantendo sua consciência limpa e leve garantindo o seu tranquilo repouso noturno.  

SAUDE 
Acredito que um dos maiores – senão o maior – desafio da nova gestão de Turilândia será o de organizar, em sentido amplo, a saúde do município. Turilândia está chegando a 16 anos de história política e até hoje não tem uma saúde que presta. Isso se reflete, sobretudo na ausência de um hospital digno de assim ser chamado. É preciso aumentar a quantidade de médicos e de atendimento. O povo sofre e o seu sofrimento é grande nessa perspectiva. Eu mesmo já presenciei pessoas (que aqui não cumpre referenciar) de Turilândia dormindo nas cadeiras das filas do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão objetivando uma marcação de consulta. Isso reflete o descaso do município para com a saúde. Defendemos a ideia de que um povo sem saúde não pode viver bem. Acreditamos que o grande desafio da nova gestão será o de construir um hospital eficiente capaz de suprir as necessidades do povo. 

EDUCAÇÃO 
Assim como a saúde, é preciso melhorar a qualidade da educação a começar pela qualificação dos professores. É preciso criar políticas de incentivo à qualificação docente, instigar os professores a cursos de mestrado etc. Cumpre, no entanto, ressaltar que a tarefa de melhorar a educação também recai sobre os professores e secretaria de educação. Falta a realização de feira de ciência; não se organiza um seminário; não se pensa em simpósios e colóquios; não se faz uma gincana; não se faz uma olimpíada; não se institui os jogos escolares turilandenses (em conjunto com a cultura e o esporte) nessa perspectiva não se faz quase nada.  

CULTURA 
As vezes tenho a impressão de termos um secretário de cultura parasita: salva-se apenas pelas organizações de festas juninas, festa de final de ano e carnaval (quanto tem). Não se pensa num projeto; não se promove um evento capaz de contemplar os setores mais laterais da sociedade; nem uma ação é feita no sentido de promover a melhora dos cidadãos, sobretudo os jovens, enfim. A cultura, se bem explorada, pode minimizar em muito os problemas sociais de uma sociedade. Parece que faltou ao secretário de cultura ideias e capacidades para promover o benéfico social via cultura. Quando a malandragem, ou a bandidagem, se torna mais atrativa para uma determinada parcela da população do que qualquer outra coisa, ela naturalmente se inclinam a isso. Uma cidade como Turilândia, pequena como é, não era pra ter os problemas da extensão que tem. Isso pode estar dando provas de certa incapacidade na administração (prefeitura, câmara de vereadores e secretarias). 
É preciso investir o dinheiro de um povo na melhora desse povo dando-lhe saúde, educação, esporte, lazer, vida social e a promoção dos seus demais direitos. É preciso ter bons secretários, um bom prefeito e bons vereadores. É preciso não votar em quem não nos representa bem. Alem dessas, há muito mais coisas a serem feitas que poderíamos elencar aqui para mostrar como deve agir o legislador de uma cidade que pretende crescer. Todavia, apraz-nos deixar isso como tarefa para a mente, a memória e a imaginação de cada um.